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FRATURAS DE MÃO E PUNHO

A mão e o punho são responsáveis por um complexo sistema de movimentos e funções, primordiais para as atividades diárias. Assim, quando uma lesão acomete alguma destas estruturas, a preocupação é se conseguiremos restaurar a função normal da mão.

A resposta a esta questão passa por um exame clínico cuidadoso, associado a exames radiológicos adequados. É importante determinar qual (ou quais) ossos foram acometidos, se a fratura é articular e se ela apresenta um traço simples ou é cominutiva (vários fragmentos). A partir desta avaliação, determinamos a melhor estratégia de tratamento para atingir o objetivo desejado.

 

 

FRATURA E LUXAÇÃO DE MÃO E PUNHO

As luxações resultam de uma força intensa que faz o punho flexionar para trás, geralmente é resultado de uma queda sobre uma mão estendida ou uma lesão em um acidente de carro. As fraturas ocorrem quando algum osso que compõe mão e punho quebram parcialmente ou totalmente.

Os ossos carpais (do punho) estão localizados na base da mão, entre os ossos do antebraço (rádio e ulna). Os ossos metacarpianos estão localizados ao longos da mão. Existem oito ossos carpais pequenos. Os dois ossos que sofrem comumente luxação são: o capitato (que é o maior osso da punho, localizado no meio da parte inferior da palma); e o semilunar (que está localizado entre o capitato e a extremidade distal do rádio).

 

FRATURA E LUXAÇÃO DE DEDOS

Diferente de uma fratura ou fissura óssea, a luxação em dedo da mão é uma lesão traumática advinda da ruptura do tecido que envolve a articulação do dedo. Em tese, ele apenas sai do lugar, o que não exclui a probabilidade de haver uma fratura.

Metacarpo é a região formada por cinco ossos alongados, iguais e articulados de um lado com os ossos do carpo e do outro lado com as falanges. A fratura do metacarpo é uma lesão óssea que, dependendo de sua característica, pode ser tratada de formas mais simples, ou às vezes, requer um tratamento cirúrgico.

O tipo de fratura mais comum é a falange distal (ponta do dedo), e ocorre, geralmente, nos traumas diretos como bater uma bola, bater uma porta, queda, um trauma por batida.

 

FRATURA E PSEUDOARTROSE DO ESCAFÓIDE

A pseudoartrose do escafóide é a complicação mais comum da fratura desse osso, e quer dizer que o osso não consolidou (não colou / grudou). Ela pode ocorrer por falha em reconhecer a fratura inicialmente (falha do diagnóstico) ou por falha do tratamento instituído (cirúrgico ou não).

Se ela não for imobilizada da maneira adequada, por exemplo, ou se o paciente não seguir as recomendações médicas de cuidados com a fratura durante o período de cicatrização, ela pode não se regenerar completamente.

 

LESÕES DE TENDÕES

Os tendões são formados por tecido conjuntivo denso modelado e ligam as extremidades dos músculos aos ossos, por isso, quando há uma lesão, é comum haver comprometimento de movimentos e também dor. A lesão mais famosa nos tendões é a tendinite, que é a inflamação dos tendões e pode surgir em diversas partes do corpo.

 

LESÕES LIGAMENTARES DO PUNHO E DA MÃO

As lesões ligamentares do punho e mão são bastante comuns. A maioria delas é parcial e cicatriza sem deixar sequelas. Outras, fazem parte dos maiores desafios da cirurgia da mão.

O termo “pulso aberto” é bastante corriqueiro. Não há uma lesão específica que se encaixe nesse termo. Mas, instabilidades da articulação rádio-ulnar distal, lesões do ligamento escafolunar e fraturas-luxações do carpo podem representar cientificamente o que seria um punho aberto.

 

  • Lesão do ligamento escafolunar

O ligamento que une o osso escafóide e o semilunar é peça chave da biomecânica do punho. Os ossos do carpo fazem movimentos sincrônicos quando mexemos o punho em flexão e extensão ou quando realizamos desvio radial e ulnar. 

Com a ruptura deste ligamento, a harmonia é perdida. Como resultado, há perda de movimento e força do punho. Se o punho continuar a trabalhar fora do eixo ideal, haverá piora do desarranjo do carpo e artrose. Essa artrose tem um padrão conhecido de progressão. 

 

  • Lesão de Stener

A lesão do ligamento colateral ulnar da metacarpofalângica do polegar, com interposição da aponeurose do adutor do polegar, é conhecida como lesão de Stener. 

Uma vez que há uma estrutura entre o ligamento e o osso, não haverá cicatrização. O ligamento em questão é o responsável por manter a estabilidade da metacarpofalângica do polegar. Sem sua presença, não é possível fazer força de pinça.

 

  • Lesão ligamentar nas metacarpofalângicas e interfalângicas

É tratada com imobilização ou solidarização com o dedo vizinho. Costuma cicatrizar sem maiores problemas.

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